quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um aninho do Érico














Olá Pessoal!!!
o Érico completou seu primeiro aninho dia 05/07/2010 e sua festinha foi no dia 11/07/2010. Em breve colocaremos as fotos.

Beijinhus a todos

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Frase do dia...

"Em Geral, as mães, mais do que amar os filhos, amam-se nos filhos."

(Friedrich Nietzsche)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Quatro meses de Érico


Pessoal, hoje 05/11/2009 o Érico está completando quatro meses de idade!!!
Parabéns Filho...

A Chegada do Érico - Leandro de Araújo

A vida nos prega peças interessantes. Algumas alteram levemente nossa rotina, outras são completamente surpreendentes. Enquanto algumas são tristes, outras têm a capacidade incrível de trazer-nos felicidade nas mais diversas formas. O que aconteceu com a Fabi, minha esposa, e comigo naquele domingo dia 05 de julho de 2009, são daqueles fatos que trazem o máximo que se pode caracterizar como surpresa, e o extremo de felicidade. É sobre isso que gostaria de conversar com vocês hoje.

A história passa-se em uma única noite, mas que não tenho como torná-la crível sem trazer alguns elementos do passado, vou começar trazendo algumas informações importantes para o entendimento dos leitores.

A Fabi e eu, que somos casados há nove anos e meio, há muito tempo conversamos sobre quando seria o momento ideal para termos nosso primeiro filho. Há cerca de três anos decidimos parar com todos contraceptivos. Infelizmente descobrimos que sem um longo tratamento não poderíamos ser abençoados com um herdeiro, pois um problema nos ovários da Fabi impedia a ovulação. Encaramos este fato como um “contratempo”, e começamos um tratamento que sabíamos ser longo e, talvez, ineficiente. Mas nunca deixamos de acreditar.

Não apenas em função do tratamento, mas também por motivos preventivos, a Fabi fazia exames ginecológicos periódicos. Inclusive, em maio, fez um exame de toque e um pré-câncer (que coletou material intra-uterino), onde não foi constatada nenhuma alteração fisiológica. SUA GINECOLOGISTA NÃO CONSTATOU NENHUMA ALTERAÇÃO FISIOLÓGICA.

Estes últimos nove meses foram intensos. Como não havia nada aparente que impedisse, fizemos uma viagem no verão que tomou boa tarde de nossas energias e todas nossas economias, fomos ao Sulfolia onde andamos pulando em volta dos trios elétricos, no final de março fomos ao Beto Carrero e andamos em todas as montanhas-russas, a Fabi assistiu um jogo do seu Grêmio no Olímpico com direito a fazer quatro “avalanches”, em abril fomos a um baile e dançamos toda noite, e por aí vai. Até um remédio fortíssimo para tratamento de emagrecimento, a Subtramina, a Fabi tomou durante três meses seguindo orientação de ginecologista que afirmava ser impossível uma gravidez naquele momento. Tudo muito natural.

Durante as últimas três semanas de junho sentimos que alguma coisa estava estranha com a Fabi, principalmente na região abdominal. A Fabi há anos tentava emagrecer sem sucesso, mas estava de certa forma animada, pois nos últimos nove meses realmente havia perdido alguns quilos, no entanto, nas últimas três semanas sentia certo enrijecimento estranho no abdome. Foi neste momento que resolvi intervir e na quinta-feira, dia 2 de julho, comprei um exame de gravidez (desses que se compra em farmácia), deixei em casa e saí para trabalhar. À noite, enquanto trabalhava em uma palestra na escola onde trabalho, recebi uma mensagem no meu celular: “Me liga agora!”

A palavra “AGORA” tem uma força incrível, principalmente depois de quase dez anos de casamento. Liguei e a Fabi me pediu que na volta do trabalho passasse em uma farmácia e comprasse um novo exame, de outra marca, pois aquele tinha dado positivo. Nem pensei... saí da escola ensandecido, passei em outra farmácia e comprei um novo exame, que retornou o mesmo resultado. Foi uma alegria indescritível, pois parecia que nosso sonho antigo estava tomando forma. Já na sexta-feira fomos à clínica onde mantemos nosso plano de saúde e fizemos um exame de sangue, que teria seu resultado na segunda-feira, dia 06 de julho.

Começamos os cálculos: se há pouco mais de dois meses uma ginecologista fez um exame invasivo e recolheu material do útero sem constatar gravidez, então ela deveria estar grávida de uns dois meses, três no máximo. Mesmo com toda empolgação, tentamos manter a serenidade até que o resultado do exame de sangue trouxesse a confirmação final que nos daria pelo menos seis meses de trabalho e preparação para chegada do bebê.

No sábado, dia 04 de julho tentamos manter a normalidade de nossas vidas. Está certo que pela manhã conversamos muito sobre como faríamos as mudanças na casa, a construção do quarto do bebê, a aquisição de roupas e móveis. Fomos ao cinema à tarde e à noite fomos à casa de minha sogra para comer uma pizza e conversar sobre os exames que fizemos e da expectativa para o resultado que chegaria dois dias depois.

Por volta da meia noite, quando voltamos para casa, nossa vida teve a maior reviravolta do mundo.

Havia passado poucos minutos da meia noite, e já estávamos no domingo, dia 05 de julho. A Fabi se preparava para tomar seu banho quando a ouvi gritar e corri para o banheiro. Ela tremia e chorava enquanto uma grande quantidade de água escorria por suas pernas. Imediatamente liguei para minha sogra (que é mãe de quatro filhos) se aquilo era normal em uma gestante de dois meses e ela me alertou que voasse até um hospital, pois provavelmente se tratava de um aborto espontâneo. Liguei para meu plano de saúde, que está quase falindo e não tinha hospitais próprios para atender, e esta me recomendou que a encaminhasse ao Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, pois os atendimentos de emergências obstétricas só seriam feitos lá. Levei aproximadamente uns vinte minutos de Esteio até o hospital. A Fabi chorando muito, extremamente nervosa e vomitando.

Quando chegamos ao hospital, a Fabi foi prontamente atendida e, enquanto fui fazer a papelada para o atendimento, ela foi encaminhada para exames iniciais. Foram os trinta minutos mais longos da minha vida, pois ainda tive que esperar outro atendimento que já estava sendo encaminhado antes do nosso. Após a papelada preenchida subi o mais rápido possível ao Centro Obstétrico no terceiro andar do hospital. Quando cheguei, a imagem foi assustadora.

A Fabi estava deitada em uma cama de uma salinha de exames. Sua expressão, com o rosto branco, os olhos e a boca escancaradas me gelaram. Só então reparei que havia uma enfermeira ao seu lado, e esta olhava para mim e sorria.

Como assim sorria??? - foi meu primeiro pensamento. Essa mulher deve ser doida!

- Por favor, me conta o que está acontecendo com a Fabi.

- Ela está com dois centímetros de dilatação e entrou em trabalho de parto. O bebê vai nascer nesta noite.

- Como assim? Que bebê? Então ela realmente perdeu o bebê e vocês vão retirar o feto morto, é isso?

- Não, ele está bem vivo, e com no mínimo oito meses e meio de gestação.

Após essa notícia bomba, que nos trouxe uma mistura de choque e felicidade indescritível, fomos encaminhados à sala de ultrasonografia, onde vi pela primeira vez nosso filho. Infelizmente não pudemos ver o sexo em função da posição em que ele se encontrava, mas já tivemos a primeira informação a respeito de sua saúde, e era positiva.

Passei a noite ao lado de minha esposa, que chorava muito com medo de alguma má formação do feto e pelo fato de não ter feito qualquer acompanhamento durante a gestação. Sem contar os excessos que cometemos, justamente por acreditarmos que não havia gravidez.

Às oito horas da manhã o obstetra que faria o parto chegou ao hospital e examinou a Fabi. Como não houve qualquer evolução da dilatação, sua sugestão para minimizar o sofrimento e a espera foi a realização da cesariana, o qual concordamos imediatamente.

Às nove horas entramos para o bloco cirúrgico obstétrico. Nove horas e vinte e seis minutos da manhã nasceu o Érico, pequenino com seus 2235 gramas e 45 centímetros, mas saudável e lindo.

Aquela noite foi uma noite realmente impressionante. Ligar para as pessoas de nossa família e convencê-las de que um bebê estava nascendo foi algo realmente estranho. Assim como foi estranho ver o bebê sair do berçário para a sala de recuperação sem ter um par de meias para vestir. Graças a Deus temos muitos amigos, o que garantiu um enxoval completo já na saída da mãe e do bebê para o quarto da maternidade. Havia pelo menos cinqüenta pessoas na sala de espera.

Hoje, não nos resta outra coisa senão agradecer a Deus e a todas as pessoas que nos assistiram nesses momentos iniciais do Érico. Sempre achei que uma pessoa não é nada sem amigos, e o nascimento deste anjinho nos mostrou isso. Somos pessoas felizes porque nos amamos, temos um filho lindo e temos amigos, muitos amigos.